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Mercado do arábica sobe cerca de 200 pts nesta 5ª e se consolida acima do patamar de US$ 1,20/lb em NY

por Notícias Agrícolas:

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (1º) com alta próxima de 200 pontos. Essa é a segunda sessão consecutiva de valorização. O mercado externo do grão segue demonstrando força técnica e já se consolida acima do patamar de US$ 1,20 por libra-peso.

Os lotes com vencimento março/18 encerraram a sessão cotados a 122,45 cents/lb com alta de 140 pontos, o maio/18 registrou 123,95 cents/lb com avanço de 195 pontos. Já o contrato julho/18 anotou 126,00 cents/lb com avanço de 190 pontos e o setembro/18, mais distante, fechou o dia com valorização de 190 pontos, a 128,10 cents/lb.

Assim como na véspera, o mercado externo do grão chegou a oscilar dois lados da tabela, mas o campo positivo acabou consolidado. De acordo com sites internacionais, as cotações do arábica na ICE tiveram mais um dia de suporte técnico, demonstrando forças, e se consolidam acima do patamar de US$ 1,20/lb.

De acordo com o analista de mercado da Price Futures Group, Jack Scoville, parte dos fundos no mercado estão bastante vendidos, enquanto outros especuladores parecem interessados em comprar, mas não encontraram boas razões para fazê-lo. “Nova Iorque está notando o bom tempo relatado no Brasil e espera outra grande safra”, disse.

Nos últimos dias, o câmbio também impactou os preços externos do grão. Nesta quinta, no entanto, o dólar comercial fechou a sessão com alta de 0,37% e saca a R$ 3,2548 na venda, acompanhando informações do exterior em um cenário de aversão ao risco. As oscilações na divisa impactam diretamente as exportações da commodity.

Do lado fundamental, ainda seguem no mercado as informações sobre a safra 2018/19 do Brasil. A divulgação mais recente é do Rabobank, um dos principais bancos especializados em commodities, que revisou sua estimativa para o Brasil entre 55 milhões e 57 milhões de sacas. Os números são parecidos com os da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

“Estamos em fevereiro, faltam ainda mais de quatro meses do atual ano-safra, mas tanto analistas como compradores concentram o debate no tamanho da próxima safra brasileira de café”, disse em relatório o Escritório Carvalhaes.

Mercado interno

O mercado brasileiro de café tem registrado poucos negócios nos últimos dias após quedas dos valores nacionais e internacionais na semana retrasada, segundo destaca o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). Dessa forma, compradores e vendedores deixaram o spot.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 485,00 e alta de 1,04%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 1,08% e saca a R$ 470,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 460,00 e valorização de 2,22%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 460,00 e avanço de 2,22%. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,33% e saca cotada a R$ 440,00.

Na quarta-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 436,49 com alta de 0,18%

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