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Mercado fecha esta 3ª feira com leve alta em NY; no Brasil, preços acima de R$ 500

por Notícias Agrícolas:

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve alta nesta terça-feira (18). O mercado voltou a reagir após ajuste técnico de segunda-feira (17) quando caiu quase 300 pontos. A incerteza dos envolvidos em relação ao aperto no equilíbrio entre a oferta e demanda mundial deu suporte às cotações.

O vencimento setembro/15 anotou na sessão desta terça 135,30 cents/lb com 55 pontos de avanço, o dezembro/15 fechou o dia 139,05 cents/lb e 50 pontos de alta. O contrato março/16 fechou o dia com 142,50 cents/lb e o maio/16 teve 144,55 cents/lb, ambos com 55 pontos de valorização.

Segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia no mercado cafeeiro foi calmo e marcado por curtas oscilações. “O volume negociado nas bolsas tem sido elevado, indicando uma mudança de postura dos envolvidos, já que o mercado começa a se acomodar ante ao novo e desafiador cenário que o setor café tem pela frente”, afirma.

Ainda de acordo com o analista, nem a elevação dos estoques americanos de café em 300 mil sacas, divulgado ontem pelo GCA – Green Coffee Association foi capaz de imprimir um viés negativo para as cotações.

“Ao que parece, o mercado está muito ansioso com relação aos reais números da safra brasileira e isso, tudo indica, que dará a sustentação necessária para que os níveis de preços praticados, tanto em Nova York quanto em Londres, fique evidenciado”, afirma Magalhães.

Vale lembrar que a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) aponta uma safra brasileira de café de 44,2 milhões de sacas de 60 kg para esta temporada, sendo 32,9 milhões referentes à variedade arábica e 11,3 milhões à de robusta. Já o IBGE, em estimativa recente apontou que a colheita será de 44,2 milhões de sacas.

O CNC (Conselho Nacional do Café), por sua vez, acredita em números menos otimistas, 40,3 milhões de sacas de 60 kg, ponto mais baixo da faixa da previsão divulgada pela entidade em março. Estimativas estrangeiras, como a do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), apontam a safra de café do Brasil próxima de 50 milhões de sacas de 60 kg. Segundo analistas consultados pelo Notícias Agrícolas, a demanda doméstica e externa de café deve totalizar neste ano 56 milhões de sacas.

Mercado interno

No mercado físico do Brasil, os preços estão sustentados acima de R$ 500,00 a saca para os melhores tipos. Entretanto, poucos negócios foram realizados nesta terça-feira. “A sensação é de entressafra em plena safra cafeeira”, pondera Marcus Magalhães.

Ontem, o tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 560,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal-SP, onde a saca subiu 1,79%, para R$ 570,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 560,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi em Franca-SP onde a saca caiu 3,77%, para R$ 510,00.

O tipo 6 duro permaneceu com maior valor de negociação nas cidades de Espírito Santo do Pinhal-SP e Varginha-MG com R$ 510,00 a saca. Nenhuma das praças registrou oscilação para o tipo ontem.

Na segunda-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 0,85% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 477,18.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na ICE Futures Europe fecharam no campo misto nesta terça-feira. O contrato setembro/15 está cotado a US$ 1727,00 por tonelada com alta de US$ 23, o novembro/15 teve US$ 1719,00 com valorização de US$ 4. O vencimento janeiro/16 anotou US$ 1729,00 por tonelada e US$ 2 de baixa.

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