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Mercado interno tem semana negativa, em NY dia foi de alta nesta 6ª após atingir o menor patamar em um ano

por Notícias Agrícolas:

O mercado interno de café teve uma semana negativa com os principais tipos de arábica seguindo a queda nas bolsas externas — com chuvas influenciando os futuros — e em decorrência dos feriados que ocorreram nesta semana nos principais países envolvidos com a commodity.

Na segunda-feira (16), foi feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos e as bolsas não funcionaram. No Brasil, as praças de comercialização tiveram uma semana de grande vazio mercadológico em decorrência do carnaval, e com isso não tiveram atividades na segunda e terça-feira. Os envolvidos só retornaram aos negócios depois do meio-dia da Quarta-feira de cinzas (18).

Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Bittencourt Lopes, nas principais praças as cotações do café para o tipo cereja descascado caíram entre R$ 9,00 e R$ 50,00 na semana. No tipo 4/5, os preços tiveram queda entre R$ 8,00 e R$ 40,00. Já no tipo 6 duro de arábica, a baixa nas cotações foi de R$ 5,00 a R$ 40,00.

A maior oscilação semanal dentre três tipos citados acima, aconteceu na praça de Varginha-MG com desvalorização de 9,26% e a saca do café passou de R$ 540,00 na quarta para R$ 490,00 hoje.

Bolsa de Nova York

Nesta sexta-feira (20), as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registraram preços levemente mais altos e queda moderada no contrato, março/15. Os futuros esboçaram reação após cair por quatro sessões consecutivas e atingir nos últimos dias desta semana os menores patamares em um ano.

O contrato março/15 fechou o pregão com 148,65 cents/lb e queda de 55 pontos, o maio/15 anotou 152,90 cents/lb com avanço de 25 pontos, o vencimento julho/15 encerrou a sessão com 155,75 cents/lb e 30 pontos positivos, o vencimento setembro/15 registrou 158,40 cents/lb com alta de 30 pontos.

De acordo com informações do analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia na bolsa norte-americana foi de recompras ante as recentes quedas. “Após as fortes e desnecessárias batidas verificadas nos terminais, investidores resolveram cobrir uma parte de suas posições vendidas no mercado e assim, o campo positivo acabou saindo prevalecido”, afirma o analista.

Ainda de acordo com Magalhães, o suporte de 150,00 cents/lb foi mantido na posição maio/15. E isso, tecnicamente, pode projetar para a próxima semana a continuação de um comportamento corretivo.

Os envolvidos do mercado acharam surreal as fortes quedas registradas na Bolsa de Nova York nesta semana justamente em um cenário de baixa nos estoques, alta no consumo e localidades ainda sem chuvas regulares. Na terça-feira, inclusive, as cotações despencaram mais de 700 pontos.

Os operadores norte-americanos acreditam que as chuvas que caem, principalmente no Sudeste, têm forças para reverter os prejuízos e culminar em boa produção para esta safra. No entanto, a realidade é diferente. As chuvas de agora apenas estancam novas perdas, informam cafeicultores.

Muitos analistas acreditavam em movimento especulativo para essa queda no mercado. Hoje, o Conselho Nacional do Café (CNC) também ressaltou em seu informativo semanal o comportamento de especulação entre os operadores visto que essas precipitações em partes do cinturão servirão, única e exclusivamente, para possibilitar a granação dos frutos que estão nas plantas e não mais para recuperar os chumbinhos que não vingaram.

Mercado interno nesta sexta-feira

De acordo com Magalhães, a paredeira no mercado é grande. “O setor produtivo não se intimida com as volatilidades externas e deixa assim, as praças de comercialização dentro de um grande vazio de ofertas e expectativas”, explica.

Nesta sexta-feira (20), o tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 539,00 a saca e queda de 1,64%. A desvalorização mais expressiva dentre as praças de comercialização foi na cidade de Poços de Caldas-MG que teve alta de 2,64% e a saca está cotada a R$ 505,00.

O tipo 4/5 teve maior valor também em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 528,00 e queda de 1,49%. Essa foi a maior variação no dia dentre as praças.

Para o tipo 6 duro, as cidades com maior valor de negociação foram Araguarí-MG e Franca-SP com saca cotada a R$ 480,00, e queda de 4,00% na primeira e variação estável na cidade paulista. A oscilação mais expressiva no dia para o tipo foi na cidade mineira.

Na quinta-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,88% e está cotado a R$ 451,33 a saca de 60 kg.

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