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México e América Central receberão 100 milhões de mudas de café para renovar lavouras até 2025

por Embrapa Café:

Multinacional do setor vai doar 10 milhões de mudas de café por ano produzidas em viveiros no México, Guatemala e El Salvador para renovar plantações mais antigas

Para estimular a renovação de lavouras de café mais antigas no México e América Central, multinacional que atua no setor cafeeiro vai distribuir 10 milhões de mudas de café a cada ano até 2025. A inciativa visa plantar em torno de 100 milhões de pés de café em substituição aos que têm de 20 a 25 anos e aos que são suscetíveis à ferrugem, doença que tem causado muitos prejuízos à produção dos cafeicultores na região.

A iniciativa faz parte de um projeto intitulado One Tree for Every Bag (uma árvore para cada pacote), por meio do qual a multinacional se compromete a doar uma muda para cada pacote de café vendido nas lojas participantes.O primeiro lote, com 10 milhões de mudas, começou a ser distribuído em meados de 2016. As mudas estão sendo produzidas em viveiros no México, Guatemala e El Salvador.

Esses e outros destaques fazem parte das análises da conjuntura nacional e internacional da cafeicultura, em três seções temáticas: Produção, Indústria, Cafeteria, do Relatório Internacional de Tendências do Café (VOL. 6/Nº04/31 MAIO 2017) divulgado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da Universidade Federal de Lavras – UFLA, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

O Relatório, na seção Indústria, ressalta ainda que existe uma permanente preocupação das empresas com a questão da sustentabilidade no que tange ao destino das cápsulas de café. Cada vez mais, de acordo com o Bureau, empresas do setor buscam melhores alternativas para facilitar a reciclagem desse material e, para tanto, têm desenvolvido diversos programas com esse objetivo. Em abril deste ano, citando um exemplo exitoso noticiado pelo periódico inglês The Guardian, o Relatório destaca que uma grande empresa de café em cápsulas iniciou um projeto pilo­to no Reino Unido que visa promover a coleta e reciclagem das cápsulas e também a utilização da borra do café como compostagem, o qual tem contado com a participação dos consumidores nas áreas abrangidas pelo projeto.

Segundo o Relatório, mesmo em uma época marcada pela Terceira Onda do Café, que está ligada à percepção do café como produto artesanal, e pelo uso de máquinas de cápsulas, o café solúvel continua competitivo. Inovações são constantes na indústria do café, inclusive na fabricação de café solúvel de melhor qualidade sensorial. Nesse contexto, com as vendas do solúvel em alta crescente no mundo, algumas empresas estão apostando no desenvolvimento de um nicho de café solúvel premium, investindo em novas fábricas e tecnologias. Para isso, empresas de grande e pequeno porte passaram a também produzir o solúvel com café arábica e, ainda, pesquisam maneiras de preservar o aroma e o sabor, característicos dos grãos, algo que se perde nos processos tradicionais.

Quanto a Cafeterias, o Relatório Internacional de Tendências do Café estima que a Coreia do Sul, quarta maior economia da Ásia, consumiu mais de 25 bilhões de xícaras de café em 2016, uma média de 500 xícaras por habi­tante. A justificativa para o alto consumo se dá pelo fato de o café ser a bebida favorita dos sul-coreanos entre as refeições. Desse total de 25 bilhões de xícaras consumidas, o café solúvel, em forma de uma mistura 3-em-1 (leite em pó, açúcar e café), foi responsável por uma fatia de 13,21 bilhões de xícaras, seguido por 3,79 bilhões de xícaras de café enlatado e por 3,64 bilhões preparadas pelas demais formas.  Assim, calcula-se que as vendas saltaram de 800 milhões de wons sul-coreanos em 2006, para 5 trilhões de wons em 2016.

Relatório Internacional de Tendências Competitiva do Café – Disponível no Observatório do Café faz parte do plano de ação do projeto “Criação e Difusão de Inteligência Competitiva para Cafeicultura Brasileira”, do Consórcio Pesquisa Café. O projeto é financiado pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, e tem o objetivo de monitorar, analisar e difundir informações e indicadores relevantes para a competitividade da cafeicultura brasileira, bem como propor soluções estratégicas para os problemas enfrentados pelo setor.

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