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Nova pesquisa aponta que café não teve redução expressiva de consumo

Por ABIC: 

Postado: 10/08/22
Consumo de café se mantém

Crédito: Envato

Uma análise recém-divulgada pela empresa Dotz, plataforma omnichannel de engajamento B2B2C, mostrou que o café, mesmo com aumento de preço, segue com níveis de consumos estáveis.

A pesquisa teve como base dados sobre o comportamento dos clientes e os números de cinco dos principais supermercadistas parceiros. Ela revelou que diversos itens básicos de abastecimento estão mais caros, resultando na diminuição do consumo. Conforme o estudo, esses produtos tiveram uma alta no preço de 11%, em comparação à maio de 2021.

O biscoito, por exemplo, foi impactado por uma grande diminuição de itens por cesta e pelo aumento no preço médio, assim como o leite, que custou 39% a mais no valor e, consequentemente, 13% menos itens por cesta.

Café continua presente nas cestas de mercado

Jonathas Mendes, Head de dados da Dotz, apontou que o café não foi tão afetado: “Foi o mais impactado no preço médio, mas, diferente do leite, podemos notar que não houve uma redução tão expressiva no consumo, com menos de 5%. Quando olhamos para açúcar, óleos e leite, mesmo considerados como itens básicos, foram produtos com a maior redução de consumo por clientes nos varejistas”, completa.

Pesquisa ABIC apontou aumento de consumo no ano passado

Em pesquisa divulgada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), em março, o mercado de café do Brasil segue em crescimento. Apesar da crise econômica gerada pela pandemia, que afetou diversos setores em 2021, a procura por café seguiu seu ritmo de crescimento: houve alta de 1,71% em relação ao mesmo período analisado no ano anterior. Foram 21,5 milhões de sacas entre novembro de 2020 e outubro de 2021, o que representou 45,3% da safra do ano.

Tendência é mundial

O banco holandês Rabobank divulgou um relatório sobre a demanda global por café no primeiro trimestre de 2022. Segundo a instituição, houve um aumento de 0,6% na procura pela commodity em relação ao primeiro trimestre de 2020. Se comparado com o ano de 2021, a demanda é bem superior em diversos países: no Reino Unido, cresceu 9%; nos Estados Unidos, 4,6% e, no Japão, 5,1%.

Os números estão longe de alcançarem níveis pré-pandêmicos, mas apontam que o mercado segue forte, mesmo com o complicado cenário internacional, especialmente, no que diz respeito à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

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