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NY fecha em baixa pela sexta sessão seguida e março/16 perde patamar de US$ 1,19/lb
por Notícias Agrícolas:
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa pela sexta sessão consecutiva nesta quinta-feira (17). Pela manhã, o mercado chegou a repercutir o recuo do dólar ante o real. No entanto, os dados mais otimistas sobre a produção do Brasil acabaram repercutindo mais que o câmbio entre os investidores. A Conab estima que a colheita brasileira neste ano seja de 43,24 milhões de sacas de 60 kg.
Com isso, os vencimentos mais próximos perderam o patamar de US$ 1,19 por libra-peso. O contrato dezembro/15 encerrou a sessão de hoje cotado a 117,80 cents/lb com recuo de 30 pontos. O março/16 teve 118,30 cents/lb e o maio/16 anotou 120,55 cents/lb, ambos com baixa de 95 pontos. Já o vencimento julho/16 registrou 122,65 cents/lb com desvalorização de 90 pontos.
Apesar da safra 2015/16 já ter sido colhida no Brasil e estar sendo comercializada, a revisão para cima pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) acabou gerando preocupação entre os operadores. O órgão estima que a produção das variedades arábica e robusta deste ano totalize 43,24 milhões de sacas de 60 kg do produto beneficiado, alta de 2,59% em relação a previsão divulgada em setembro de 42,15 milhões de sacas.
O resultado, em período de baixa bienalidade da cultura para a maioria das regiões, com exceção da Zona da Mata Mineira, representa queda de 5,3%, quando comparado à produção de 45,64 milhões de sacas obtidas no ano passado. Vale lembrar que a primeira estimativa da Companhia para a safra 2016/17 deve ser divulgada apenas no início do ano que vem.
Para o analista Gilson Fagundes, apesar do mercado repercutir a divulgação da Conab sobre a produção do Brasil na safra 2015/16, os investidores continuam atentos no cenário político e econômico do País. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira cotado a R$ 3,8893 na venda com baixa de 0,90% repercutindo a decisão do Fed (Federal Reserve) em elevar os juros dos Estados Unidos e indicar que a trajetória de alta deve ser gradual.
Mercado interno
As negociações nas praças de comercialização do Brasil seguem bem lentas. “Os produtores continuam resistentes à venda. Só aparece no mercado aqueles que precisam mesmo realizar vendas para fazer caixa”, afirma Gilson Fagundes.
Segundo estimativa da Safras & Mercado, divulgada hoje, a comercialização da safra 2015/16 de café do Brasil está em 68% da produção total estimada, relativa ao final de novembro. Segundo o analista de mercado Gil Carlos Barabach, a comercialização andou bem no último mês de novembro.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 542,00 e queda de 1,81%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 547,00 a saca e queda de 1,80%. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com valorização de 2,75% e saca cotada a R$ 485,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Franca (SP) e Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca, alta de 2,04% na primeira e preço estável no município mineiro. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 3,25% e saca cotada a R$ 476,00.
Na quarta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 477,31 e alta de 1,10%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estáveis nesta quinta-feira após a valorização de ontem. O contrato janeiro/16 teve US$ 1490,00 por tonelada com alta de US$ 4, o março/16 registrou US$ 1515,00 por tonelada – estável e o vencimento maio/16 teve US$ 1543,00 com desvalorização de US$ 1.
Na quarta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 379,24 com avanço de 0,37%.
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