De acordo com informações de um portal do Vietnã, os preços de café no país atingiram o maior nível da história durante o mês de maio. A atualização foi publicada na manhã desta quarta-feira (31).

A alta nas cotações foi observada nas províncias do do Planalto Central de Dak Lak, Dak Nong, Gia Lai e Lam Dong, se mantendo acima de 60.000 no dong vietnamita – moeda local. Para comparação, o valor é equivalente a R$ 132,52.

“Esse aumento é a primeira vez na história que o preço do café vietnamita supera essa marca e às vezes chega a VND 64.000/kg. Depois disso, o preço caiu, mas permaneceu acima de VND 60.000/kg continuamente até agora”, afirma a publicação.

O mercado de conilon está sendo pautado pela preocupação de oferta do Vietnã. Aqui no Brasil, analistas afirmam a condição já que o país é o maior produtor de conilon do mundo. No caso deste tipo de café, o Vietnã corresponde por 50% das exportações globais.

De acordo com a Associação de Café e Cacau do Vietnã (Vicofa), a produção de café do Vietnã na safra 2022/2023 deve diminuir de 10 a 15% em comparação com a safra anterior e atingir cerca de 1,4 milhão de toneladas. Ainda de acordo com a análise, a baixa na produção pode se confirmar porque muitos produtores optaram pela troca por outras culturas com objetivo de reduzir os riscos e aumentar eficiência econômica.

Segundo os números do USDA, a produção vietnamita no país é estimada em 29,75 milhões de sacas. O número representa queda de 6% para o ciclo 2022/2023.

A Organização Internacional do Café (OIC) indica ainda que a produção global de conilon tem expectativa de queda de 2,1% em relação ao ciclo de 2021/2022, com volume de 72,7 milhões de sacas. Com destaque para diminuição mais expressiva na produção da Ásia e Oceania, com queda de 4,6% e volume de 49,7 milhões de sacas.

Do lado da demanda, a publicação destaca que é crescente, já que a inflação em importantes polos consumidores faz com que os compradores busquem por produtos mais baratos, espaço que poderia ser ocupado pelo café conilon. No Brasil, depois de dois anos de baixa nas exportações, o setor espera uma retomada do Brasil no mercado internacional.