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OIC: mercado futuro olha além da curta safra brasileira de café que vai entrar

por Agência Estado:

O diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), José Sette, avaliou que os preços da commodity no mercado futuro estão em queda porque os investidores já preveem uma retomada da produção brasileira mais robusta, depois de uma atual safra mais fraca, de bienalidade negativa, em fase de colheita. O executivo da entidade, que tem sede em Londres, falou com exclusividade ao Broadcast, na sede da Embaixada brasileira na capital britânica, após discurso em cerimônia de apresentação, organizada pela Representação Permanente do Brasil junto às Organizações Internacionais em Londres (Rebraslon).

“O mercado futuro sempre antecipa eventos. Então, eles estão olhando à frente dessa safra que vai entrar, que é realmente curta, e já estão mirando lá na frente, na recuperação”, considerou. Sette foi escolhido para o comando da instituição em 17 de março passado e começou a trabalhar no dia 2 de maio. O processo inicialmente teve nove candidatos, mas, mais uma vez, a liderança coube ao Brasil, maior produtor e exportador mundial da commodity.

O executivo fez carreira como trader e em associações privadas do setor e já havia coordenado a instituição de forma provisória por um ano – de outubro de 2010 ao mesmo mês de 2011. Antes de pleitear o cargo, o carioca trabalhava como diretor executivo da International Cotton Advisory Committee (Icac), associação do setor de algodão, em Washington, nos EUA. Ele ficará à frente da OIC pelos próximos cinco anos.

Sette enfatizou que os preços mostraram alguma recuperação nos últimos dois ou três dias, mas ressaltou que os estoques dos países consumidores, em níveis elevados, trazem uma “certa tranquilidade” ao comércio e à indústria torrefadora.

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