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Perspectivas para conilon são preocupantes, afirma novo diretor do Incaper
por CaféPoint:
Desde o último dia 13 de junho, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) tem um novo diretor técnico. O engenheiro agrônomo Mauro Rossoni Júnior, é formado pela Universidade Federal de Viçosa (2006) e, é também empresário e produtor rural. Ele também já atuou na Prefeitura de Linhares, de 2013 a 2014, como diretor do Departamento de Agricultura e Aquicultura, e, em seguida, assumiu o cargo de Secretário Municipal de Agricultura, Aquicultura, Pecuária e Abastecimento onde encerrou suas atividades recentemente.
Em um ano como este, quando a produção de café no estado enfrenta grandes problemas no Estado – maior produtor da espécie robusta, o conilon, Mauro Rossoni tem desafios pela frente.
A seca obrigou a restrição na irrigação, o que trouxe atraso no crescimento e desenvolvimento dos cafeeiros, mas é agora, com a colheita, que a quebra em produção se confirma e, aos poucos, traz números específicos. Em seu último levantamento o Incaper apontou quebra de até 40% em relação ao que era esperado para a safra 2016.
Conversamos com o novo diretor técnico do Incaper sobre quais estratégias estão sendo traçadas para o futuro da produção no estado. Confira, abaixo:
CaféPoint – O planejamento de reativação de programas do Incaper inclui o setor de café?
Mauro Rossoni Júnior – Sim. O principal foco do Instituto tem que ser o auxílio à agricultura familiar, em todos os setores, pesquisa, assistência e extensão rural. Como nosso Estado é a referência mundial na tecnologia de café conilon, o Incaper é peça fundamental e a locomotiva do “Sistema Conilon”, sendo assim os programas de café sempre estarão inclusos.
CP – Frente à quebra de até 40% na produção de conilon capixaba em 2016, quais têm sido as ações em campo e as indicações para os cafeicultores?
Mauro Rossoni Júnior – O Incaper iniciou uma discussão do assunto juntamente com outros atores capixabas do conilon esta semana, para poder unificar as informações, e passar futuramente, em curto espaço de tempo aos produtores, um conjunto de técnicas que devem ser adotadas variando caso a caso dentro da propriedade e assim fazer com que nossos produtores tomem as medidas corretas neste momento. Existem várias medidas sendo orientadas, então é melhor esperar essa unificação de ideias para que os produtores não tomem decisões baseados na generalização ou em boatos.
CP – Com o clima afetando fortemente as lavouras, quais perspectivas para o próximo ciclo cafeeiro (safra 2017)?
Mauro Rossoni Júnior – As perspectivas são preocupantes. Quem ainda possui alguma água em suas propriedades podem ter um resultado regular, agora, a maioria dos produtores passará por um momento difícil, e terá que passar por um processo de tomada de decisão de renovar sua cultura e esperar o ano seguinte. É um momento delicado, mas dependendo das chuvas que estão por vir devido no período de La Ninã pode ter uma recuperação parcial.
CP – Visto estas perspectivas, há estratégias sendo traçadas para dar suporte à produção de café do estado? Se sim, quais são?
Mauro Rossoni Júnior – Várias ações estão sendo tomadas desde o ano passado. O programa de reservação de água da Seag está aplicando mais de R$60 milhões na construção de barragens, então com as possíveis chuvas desse ano, as próximas safras sentirão menos os efeitos das estiagens. Novas variedades de café mais tolerantes à seca estão sendo desenvolvidas, a alteração dos sistemas atuais de irrigações dos produtores por meios mais sustentáveis está sendo estimulada e, em poucos dias, apresentaremos outras medidas que poderão ser adotadas pelos produtores rurais capixabas para que eles se preparem para as safras seguintes. Assim, pretendemos superar esses anos de seca e voltar a ter uma safra satisfatória no nosso Estado.
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