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Preço baixo do café conilon preocupa agricultores antes mesmo da colheita

por Globo Rural:

Conab estabeleceu novo preço mínimo para a saca da variedade em R$ 210, mas lavradores reclamam que valor não cobre custos em alta.

A colheita de café conilon no Espírito Santo só começa nas próximas semanas. Mas os agricultores estão preocupados, pois os custos estão altos e o preço, baixo.

No início deste mês, o governo federal anunciou os novos valores mínimos para a comercialização da variedade e o preço-base da saca foi para pouco mais de R$ 210. Os novos valores não agradaram os produtores. Para eles, o custo de produção fica acima desse valor.

O reajuste começa a valer no início da colheita, em abril, e segue até março do ano que vem. Os valores foram definidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com base nos custos de produção das últimas safras no Espírito Santo, Bahia e Rondônia.

Este ano, a saca de 60 quilos do conilon tipo 7 tem sido vendida, em média, por R$ 294, abaixo do valor praticado no mesmo período de 2018, quando chegou a R$ 342. A preocupação é de que o novo preço de garantia derrube ainda mais a cotação.

Além da dificuldade para fechar as contas, o produtor Venício Marianelli teve problemas com a lavoura.

Ele pretendia colher 800 sacas neste ano, mas não contava com um verão tão quente, nem com o ataque da cochonilha, uma praga que suga a seiva da planta e seca o café.

O cálculo teve que mudar. A plantação fica em Colativa, no Noroeste do Espírito Santo e tem 30 mil da espécie conilon.

Espírito Santo produz quase 80% do conilon do país. Na safra passada, foram colhidas 9 milhões de sacas.

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