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Preocupações com BR e ajustes dão suporte e NY sobe mais de 50 pts

por Notícias Agrícolas:

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta sexta-feira (15) com alta de mais de 50 pontos. O mercado reagiu em acomodação, mas também teve suporte da desvalorização do dólar ante o real e informações sobre o Brasil.

O vencimento maio/19 encerrou a sessão com alta de 65 pontos, a 97,80 cents/lb e o julho/19 anotou 100,45 cents/lb com 65 pontos de ganhos. Já o setembro/19 anotou 103,15 cents/lb com 70 pontos de avanço e o dezembro/19 registrou 106,95 cents/lb com valorização de 65 pontos.

O mercado do café arábica encerrou a semana com leve alta, mas recuou em vários dias acompanhando as divulgações de ampla oferta global do grão. Depois de ficar abaixo do patamar de 96 cents por libra-peso nos últimos dias, a sessão desta sexta-feira foi marcada por reação técnica.

Além disso, segundo destaca o site internacional Barchart, os preços futuros da variedade também encontraram suporte nas informações das condições climáticas no Brasil, maior produtor e exportador. A safra 2019/20 do país está neste momento em desenvolvimento.

“O café arábica encontrou apoio nesta sexta-feira com condições secas no Brasil, o que estimulou a cobertura de vendidos. A Somar Meteorologia informou que a chuva em Minas Gerais, maior região produtora do Brasil, foi de apenas 37,2 mm na semana passada, ou 65% da média histórica”, destacou o Barchart.

O dólar encerrou o dia com queda de 0,71%, cotado a R$ 3,821 na venda, com impaciência ante a cena doméstica e de olho no exterior. A moeda estrangeira mais baixa em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity e por isso dá suporte aos preços externos da variedade.

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou ontem que as exportações totais de café (verde, solúvel e torrado & moído) em fevereiro totalizaram 3,4 milhões de sacas de 60 kg e receita de US$ 449 milhões. O volume no mês foi 36,3% superior a fevereiro de 2018.

“Os volumes de exportação de café apresentados em fevereiro, registram o segundo recorde mensal consecutivo e histórico, neste ano. Tudo indica que se continuarmos nessa performance, deveremos encerrar o ano cafeeiro próximo a 40 milhões de sacas, o que também será um recorde histórico”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

Paralelamente, a GCA (Green Coffee Association), divulgou nesta sexta-feira que os estoques de café verde dos Estados Unidos subiram 209,958 mil sacas de 60 kg no mês de fevereiro, totalizando 6,26 milhões de sacas.

Mercado interno

Os negócios no mercado brasileiro de café seguiram lentos durante a semana, mas aconteceram em algumas praças. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços voltaram a ficar abaixo de R$ 400,00 a saca.

A comercialização da safra 2018/19 chegou a 80%, segundo estimativa da consultoria Safras & Mercado, de um total projetado de 63,7 milhões de sacas de 60 kg. Ou seja, até o momento foram vendidas 50,78 milhões de sacas, em ritmo mais lento.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé(MG) com saca a R$ 428,00  – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com avanço de 2,56% e saca a R$ 400,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 405,00 – estável.  A oscilação mais expressiva ocorreu em Varginha (MG) com queda de 1,27% e saca cotada a R$ 390,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 – estável. A oscilação mais expressiva foi registrada em Lajinha (MG) com alta de 5,41% e saca a R$ 390,00.

Na quinta-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 399,14 alta de 0,23%.

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