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Procafé: ATAQUE DE PHOMA EM CAFEEIROS FAVORECIDO POR CHUVA DE GRANIZO

Por: J.B. Matiello – Eng. Agrº. Fundação Procafé e C. A. Krohling – Eng. Agrº. Consultor e F. Stockl e Elizeu
Hoffman, Tecs. Fda Stockl

Postado em: 15/06/21

Observações de campo, em lavouras de café, mostram que o ataque de Phoma se agrava em áreas
de cafeeiros atingidos por chuvas de granizo.
A abertura de ferimentos por granizo, nos tecidos de plantas de café, em suas folhas e ramagem, já
é bastante conhecida como fator de favorecimento do ataque de mancha aureolada, servindo de porta de
entrada da bactéria Pseudomonas.
No caso do ataque de Phoma, também já foi relatado o aumento dessa doença em folhas atacadas
por lagartas, em função dos ferimentos por elas provocadas.
As pedras de gelo, oriundas das chuvas de granizo, por efeito mecânico, provocam dilacerações e
ferimentos nos tecidos das plantas, o que favorece a entrada do fungo da Phoma. No entanto, as observações
efetuadas mostram que a infecção por Phoma ocorre, principalmente, na folhagem e ponteiro de ramos, não
penetrando pelas lesões na ramagem madura, vez que, diferentemente do ataque de Pseudomonas, a Phoma
infecta somente tecidos mais jovens.
Ressalta-se que a região de Marechal Floriano, como a quase totalidade da cafeicultura de
montanha, no Espirito Santo (menos na parte muito alta do Caparaó), não tem problema com mancha
aureolada. Em algumas machucaduras pode, eventualmente, entrar fungos do gênero Colletotrichum.
Diante das verificações efetuadas, indica-se, assim, logo após à ocorrência de granizo, aplicações
de fungicidas específicos para proteção contra a Phoma, observando, logicamente, o ambiente da região, se
a doença é problemática naquela condição climática. Além disso, caso haja coincidência, em determinada
região, também de problemas com Pseudomonas, pode-se aproveitar e associar produtos específicos contra
a bactéria na mesma pulverização, por exemplo um cúprico ou outro indicado.

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