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Produção do café conilon deve cair 20% em 2015, estima Cetcaf

por Estadão Conteúdo:

Retorno ao produtor, no entanto, tem sido positivo e pode chegar a 80% na safra 2015/2016

A safra de robusta (conilon) do Espírito Santo, principal Estado produtor, deve apresentar queda de cerca de 20% neste ano, em comparação com 2014, para aproximadamente 10 milhões de sacas de 60 quilos. A informação é do superintendente do Centro de Desenvolvimento e Tecnologia de Café do Espírito Santo (Cetcaf), Frederico Daher.

Segundo ele, a queda é decorrência basicamente da estiagem e das altíssimas temperaturas entre dezembro de 2014 e janeiro deste ano, que prejudicaram as lavouras. “Cerca de 52% da safra de conilon é irrigada, mas mesmo assim não foi possível manter a produção”, comentou, durante o 6º Fórum Coffee & Dinner, realizado nesta terça-feira (19/5) em São Paulo. Conforme Daher, a redução da produção deve ter reflexo nos preços desse tipo de café. “O diferencial de preço entre o conilon e o arábica deve reduzir”, avaliou.

Retorno ao produtor

O retorno dos produtores mundiais de café robusta, em relação aos custos de produção, tem sido satisfatório nos últimos anos. Na safra 2014/2015, foi superior a 60% e deve crescer para mais de 80% na safra 2015/2016. Em 2016/2017, “o retorno ainda será satisfatório, mas inferior ao período de 2015/2016”, informou o diretor Comercial de Café da Louis Dreyfus Commodities Brasil (LDC), Octávio Pires.

Com boa remuneração, os cafeicultores devem continuar investindo no robusta, inclusive em países fora do tripé Vietnã, Indonésia e Brasil, os principais produtores globais. Com relação à exportação de robusta, Pires citou que o Vietnã diminuiu seus embarques nos últimos anos, enquanto Indonésia e Brasil têm aumentado participação nesse segmento. O diretor comentou, ainda, que o café robusta brasileiro (conilon) atualmente representa a maior parte do estoque certificado na Bolsa de Londres. “Em 2013, praticamente não havia café robusta brasileiro em estoque na Bolsa de Londres”, disse ele, salientando que o estoque em bolsa contribui para maior transparência do mercado e visualização da oferta global.

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