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Queda do petróleo puxa café e NY encerra com mais de 200 pts de desvalorização

por Notícias Agrícolas:

O mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta terça-feira (14) com baixas de mais de 200 pontos nos principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Para analista da Terra Investimentos, tendência é que o mercado continue apresentando volatilidade nos próximos dias e as quedas desta sessão foram puxadas mais uma vez pela queda do petróleo, que encerrou o pregão com baixa de 7,50%.

Maio/20 encerrou com baixa de 255 pontos, valendo 117,20 cents/lbp, julho/20 com queda de 225 pontos, negociado por 118,35 cents/lbp, setembro/20 com baixa de 220 pontos, valendo 121,05 cents/lbp e dezembro/20 finalizou valendo 121,05 cents/lbp, com baixa de 220 pontos.

Para  Luiz Fernando de M. Monteiro, analista de mercado da Terra Investimento, além da baixa do petróleo o fato do mercado não ter contado com as operações da Bolsa de Londres na segunda-feira (13) também podem ter influenciado diretamente nos preços. “Hoje nós tivemos essa possível correção de preços e o petróleo que derrubou as commodities mais uma vez”, destacou. Além do café cotações de soja e milho também encerram o dia com desvalorização.

Ainda de acordo com o analista, a expectativa do mercado neste momento é que os preços continuem apresentando instabilidade, buscando notícias mais claras do combate ao Coronavírus não só no Brasil, mas a nível mundial. As questões fundamentais e técnicas, que antes podiam ser usadas como base para avaliar o mercado, no momento estão colocadas de lado enquanto o setor financeiro busca estabilidade de maneira geral.

Diante do cenário atual, do lado positivo para os preços de café ainda são considerados positivos o momento de aperto entre oferta e demanda que passa o setor, neste momento de entressafra e pouco café no mercado. E também as preocupações internacionais com um possível atraso no abastecimento da bebida por conta do Coronavírus, além da colheita do café no Brasil que o setor ainda não sabe se sofrerá algum impacto negativo.

“As preocupações com a demanda global de café continuam, à medida que a disseminação global da pandemia de coronavírus forçou o fechamento de muitos restaurantes, cafés e bares em todo o mundo”, destacou o site internacional Barchart em sua análise diária.

O clima do Brasil também se destacou nesta terça-feira, a Somar Meteorologia divulgou na segunda-feira que as chuvas em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, mediram 5,8 mm na semana passada, ou 25% da média histórica.

O mercado físico brasileiro acompanhou o exterior e também encerrou com quedas nas principais regiões produtoras do país. “O produtor conseguiu aproveitar os picos de alta, negociando com bons preços em virtude do dólar”, destaca o analista sobre as movimentações mais intensas também no cenário interno.

O tipo 6 duro teve a maior baixa registrada em Poços de Caldas/MG, com queda de 4,7% e valendo R$ 575,00. Guaxupé/MG teve queda de 1,67%, valendo R$ 590,00. Em Araguarí/MG a desvalorização foi de 1,69%, valendo R$ 580,00. Franca/SP teve baixa de 1,67%, negociado por R$ 590,00.

O tipo 4/5 registrou baixa de 2,46%, valendo R$ 595,00. Franca/SP teve queda de 1,64%, negociado por R$ 600,00. Varginha/MG registrou baixa de 0,83%, negociado por R$ 595,00.

O tipo cereja descascado registrou queda de 2,21% de Poços de Caldas/MG, valendo R$ 665,00. Guaxupé/MG registrou desvalorização de 1,55%, negociado por R$ 635,00 e Patrocínio/MG encerrou com baixa de 0,78%, valendo R$ 640,00.

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