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Região do café recebe só 30% da chuva esperada

por Notícias Agrícolas

Postado em 25/09/2020

 

Região do café recebe só 30% da chuva esperada para setembro e Procafé destaca gravidade da estiagem.

Veja a entrevista completa com Rodrigo Naves Paiva – Eng. Agr. MSc. Fund. PROCAFÉ no vídeo abaixo:

Fundação afirma que ainda não é possível quantificar a perda, mas reforça que nova safra já começa sentido os impactos da falta de chuva e temperaturas elevadas.

Mesmo com as chuvas dos últimos quatro dias, a condição das lavouras em Minas Gerais e na Alta Mogiana continua sendo de preocupação para a próxima safra de café. Segundo dados coletados nas estações meteorológicas da Fundação Procafé, a região de Varginha/MG recebeu 40 mm de chuvas, o sul mineiro registrou apenas 17 mm, Triângulo Mineiro 18 mm e Franca/SP teve acumulado de apenas 2 mm.

A estiagem no café em 2020 é considerada pela Procafé como uma das mais severas dos últimos anos e preocupa para a produção do ano que vem, que naturalmente será de ciclo baixo. Segundo Rodrigo Naves Paiva, engenheiro agrônomo da Fundação, além da falta de água, a planta também sofreu em setembro com as temperaturas mais elevadas. “É uma situação bastante difícil, que nos preocupa bastante, principalmente devido essa abertura de florada que deve ocorrer entre 14/15 dias”, comenta.

As previsões mais recentes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) não indicam chuvas para a região do café para os próximos dias. Rodrigo destaca que as condições atuais do clima estão resultando em uma desfolha expressiva. Para aliviar as condições da planta, o engenheiro destaca a necessidade de receber pelo menos 150 mm. “É torcer para esse tempo ficar mais nublado e mais fresco”, comenta.

Todas as regiões de Minas Gerais sofrem com os impactos do déficit hídrico, mas segundo Rodrigo na cidade de Boa Esperança a condição é ainda mais crítica, por se tratar de uma área mais quente e que recebeu volumes ainda mais baixos de chuva. “Região que tem altitude mais baixa e que as temperaturas estão com temperaturas mais altas. Em agosto o déficit já estava em 200 mm”, comenta.

O engenheiro destaca que ainda não é possível quantificar o tamanho da quebra para a próxima safra, mas reforça mais uma vez que a safra já começa com grande portencial de perda. “A gente consegue afirmar que a situção é difícil, é preocupante e com certeza a perda já existiu”, afirma.

Veja a entrevista completa no vídeo acima

Por: Virgínia Alves

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