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Relatório aponta que Brasil exportou 39,82 milhões de sacas em um ano

POR EQUIPE CAFÉPOINT:

O Relatório Mensal – fevereiro 2020, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), aponta que as exportações dos cafés do Brasil, entre março de 2019 e fevereiro de 2020, atingiram um volume físico equivalente a 39,82 milhões de sacas de 60kg, gerando receita cambial de US$ 5,01 bilhões, que, se convertida em reais, corresponde ao montante aproximado de R$ 20,19 bilhões. Nesses últimos 12 meses em destaque, o preço médio da saca de café vendida ao exterior foi de US$ 125,77 e, em moeda corrente nacional, essa cotação média foi o equivalente a R$ 506,98.

Vale ressaltar que os volumes de cafés vendidos ao exterior e suas respectivas receitas cambiais nos últimos cinco anos, considerando os meses de janeiro a dezembro, foram, respectivamente: 37,02 milhões de sacas de 60kg com receita de US$ 6,16 bilhões, em 2015; 34,27 milhões de sacas e US$ 5,45 bilhões, em 2016; 30,93 milhões de sacas e US$ 5,25 bilhões, em 2017.

Na sequência desse quinquênio, registra-se que em 2018 o volume físico exportado somou 35,64 milhões de sacas, com US$ 5,15 bilhões. Por fim, destaque-se que, enquanto o volume físico de café exportado em 2019 foi de 40,69 milhões de sacas, a receita cambial nesse ano, em dólares americanos, foi de apenas US$ 5,11 bilhões, ou seja, a menor receita cambial registrada nos cinco anos objeto dessa análise.

Em relação às exportações de fevereiro de 2020, os cafés do Brasil vendidos ao exterior totalizaram 2,7 milhões de sacas, com receita cambial de US$ 361,36 milhões ao preço médio de US$ 133,59 por unidade. Além disso, no mês de fevereiro de 2019, o volume de café exportado foi de 3,57 milhões de sacas, as quais tiveram receita de US$ 469,26 milhões ao preço médio de US$ 131,27 cada saca. Assim, na comparação de fevereiro de 2019 com fevereiro de 2020, verifica-se que o volume exportado e a receita cambial registraram reduções expressivas de 24,3% e 23%, respectivamente. Em contraponto, a receita cambial convertida em moeda corrente reduziu apenas 10,2%, ao decair de R$ 1,75 bilhão para R$ 1,57 bilhão.

Nessa mesma base comparativa, de acordo com os dados do Relatório do Cecafé, nota-se que a cotação média do dólar americano (compra) em fevereiro de 2019 foi de R$ 3,72, cuja taxa de conversão demonstra que o preço médio da saca de café foi de aproximadamente R$ 488, expresso em moeda corrente. Entretanto, em fevereiro de 2020, o preço médio da saca atingiu R$ 579, com a cotação do dólar americano em R$ 4,34, em média.

Assim, pode-se constatar que o incremento de 16,58% na cotação média do dólar compensou, sob certa medida, a redução do volume físico das exportações de café em fevereiro deste ano. Nesse sentido, com relação ao desempenho das vendas dos cafés do Brasil ao exterior, o Cecafé destaca no relatório que os resultados das exportações de café, apresentados no mês de fevereiro, refletem o ritmo do mês mais curto do ano, com menos dias úteis, bem como a redução de oferta. A safra 2019/2020 foi menor do que a anterior, resultando em uma redução de embarques. “Tudo indica que teremos desempenho semelhante até junho, quando termina a entressafra e se inicia a colheita da nova safra”, escreve o Conselho.

As informações são da Embrapa Café.

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