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Ruanda registra aumento de 34% nas exportações de café em 2022
Por CaféPoint:
Postado em 02/03/23
Com esse desempenho, o país já superou a meta de gerar US$ 95 milhões anuais com exportações de café até 2024. No entanto, segundo o relatório, houve um pequeno aumento de 2% na quantidade de café que o país exportou, de 17.479 toneladas em 2021, para 17.848 toneladas em 2022.
Isso indicou que o crescimento da receita resultou principalmente dos bons preços do café, que atingiram uma média de US$ 5,58 o kg em 2022, ou um aumento de 31,2% em relação aos US$ 4,48 o kg no ano anterior.
O aumento dos preços do café no mercado internacional também foi sentido localmente, com os agricultores ganhando mais com seus produtos. Claudine Uwineza, produtora de café do distrito de Nyamasheke, Província Ocidental, disse que os agricultores venderam o kg de café a um preço recorde em 2022.
Em 11 de fevereiro de 2022, a NAEB anunciou que os café de qualidade deveriam ser compradas dos agricultores a um preço mínimo de Rwf 410 (US$ 0,38) o kg, um aumento de 65% em relação aos Rwf 248 (US$ 0,23) no ano anterior.
Embora houve uma redução na produção de café em 2022, resultante de fatores como más condições climáticas e chuvas na parte oeste de Ruanda, Uwineza disse que os altos preços permitiram que os agricultores registrassem lucro. “Em 2022, houve queda na produção de café, mas a renda do agricultor aumentou. Em 2021, o preço do café não ultrapassou Rwf450 (US$ 0,41) o kg, enquanto chegou a Rwf800 (US$ 0,73) em 2022. Esta é a primeira vez que conseguimos uma quantia tão grande para a venda de café”, disse.
“Colhi cerca de três toneladas e vendi entre Rwf350 e Rwf450 (US$ 0,32 e US$ 0,41) o kg em 2022. Embora essa produção tenha diminuído para duas toneladas em 2022, vendi a Rwf800 (US$ 0,73) o kg, o que significa que ainda obtive mais renda”, comentou. Ela disse que se os preços registrados não caírem, os agricultores serão motivados a cultivar mais café para aumentar a produção e a receita.
Siméon Ngendahayo, diretor administrativo da West Hills Coffee, empresa exportadora de café local, disse que os preços nos mercados internacionais subiram devido a dois fatores principais, como a redução da produção de café dos principais produtores e exportadores globais, principalmente o Brasil, e o aumento da demanda de café após o abrandamento da pandemia de Covid-19. Em 2022, o Brasil sofreu condições climáticas desfavoráveis, incluindo geadas e secas, levando a colheitas menores.
“O consumo de café após a Covid-19 superou nossas expectativas. As pessoas beberam tanto que houve ruptura de estoque”, disse Ngendahayo, acrescentando que os preços subiram em benefício do setor. “Agora, tanto os cafeicultores quanto as fábricas estão felizes”, afirmou ele.
Jules Ngango, economista agrícola, disse que o Ruanda não pode competir com os maiores produtores de café como o Brasil e a Colômbia a nível global, e a Etiópia a nível continental, em termos de quantidade, mas pode competir com eles em termos de qualidade.
Para ele, deve haver uma situação em que os compradores, principalmente os americanos, que são grandes amantes do café, comprem primeiro o café ruandês antes de outras marcas. “E só podemos conseguir isso melhorando muito a qualidade. Devemos estabelecer a mais alta qualidade porque, em termos de quantidade, há países com os quais não podemos competir devido ao tamanho de nossas terras. O café de Ruanda é apreciado. Se mantivermos isso, sempre pode ter bons preços, o que pode levar ao aumento da receita externa”.
As informações do NEAB indicam que os maiores mercados para o café ruandês são Suíça, Reino Unido, Estados Unidos da América, África do Sul, Nigéria, China, Alemanha e Coreia do Sul.
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