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Safra 19/20 do Brasil e dados da oferta causam perdas expressivas na Bolsa de NY nesta 6ª

por Notícias Agrícolas:

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuaram mais de 200 pontos na sessão desta sexta-feira (05). O mercado caiu pela segunda sessão seguida ainda acompanhando os dados sobre a oferta global. Na semana, houve queda de 1,38%.

O vencimento maio/19 encerrou a sessão com queda de 210 pontos, a 93,20 cents/lb e o julho/19 anotou 95,75 cents/lb com 205 pontos de perdas. O setembro/19 anotou 98,20 cents/lb com 210 pontos negativos e o dezembro/19 registrou 102,00 cents/lb com desvalorização de 205 pontos.

Desde o início dos trabalhos desta sexta-feira o mercado do arábica trabalhou mais em baixa. Na máxima, chegou a 95,75 cents/lb e na mínima a 93,10 cents/lb. As informações sobre a ampla oferta de café no mercado e as estimativas de safra do Brasil pressionaram as cotações.

“O mercado ainda está preocupado com grandes estoques, principalmente do Brasil e a baixa demanda. O país teve grande produção na safra atual, mas a próxima deve ser menor, por conta da bienalidade negativa”, disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Ainda segundo o analista internacional de mercado, as ideias dos envolvidos são de que o Brasil terá produção de cerca de 52 milhões de sacas na temporada de bienalidade negativa após colheita na temporada 2018/19 entre 62 ou 63 milhões de sacas de 60 kg.

“A OIC elevou sua estimativa de excedente de café em 2018/19 para 3,1 milhões de sacas de uma estimativa anterior de 2,29 milhões de sacas e a Safras elevou a estimativa de produção do Brasil em 2019/20 para 58,9 milhões de sacas”, destacou site internacional Barchart no dia.

Na quinta-feira, a OIC (Organização Internacional do Café) informou que o superávit global na temporada 2018/19 será de 3,06 milhões de sacas com produção de 168,05 milhões de sacas. A organização reduziu a estimativa de produção do arábica para 103,71 milhões.

Outra informação da véspera que também movimentou o mercado foi a divulgação de estimativa de produção da Safras & Mercado. A consultoria brasileira aposta em colheita de 58,9 milhões de sacas para o país, o que representaria uma queda de 8,1% ante a temporada anterior.

Produtores acreditam que a produção neste ano deverá ser mais baixa do que o mercado espera. A Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé), por exemplo, divulgou nesta semana que a safra 2019/20 do país deve ser 15% menor do que a anterior por conta de problemas climáticos, totalizando 7,1 milhões de sacas na sua área de cobertura.

Mercado interno

Os negócios no mercado brasileiro seguiram bastante lentos nesta semana. Apenas os produtores com necessidade de caixa vão às mesas de negociação. O tipo 6 duro seguiu na casa de R$ 380,00 na maioria das praças mesmo com os picos de alta em Nova York ao longo da semana.

“A expectativa de agentes é de que, com a aproximação da safra, a liquidez aumente nos próximos dias, devido às necessidades de caixa de produtores e de escoamento do café remanescente para armazenamento do novo”, disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 417,00 e queda de 0,71%. A maior oscilação no dia foi registrada em Guaxupé (MG) com baixa de 2,36% e saca a R$ 413,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 395,00 e queda de 4,82%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 390,00 e queda de 1,27%. A maior oscilação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com baixa de 2,53% e saca a R$ 386,00.

Na quinta-feira (04), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 392,56 e alta de 0,03%.

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