Voltar
"Setembro foi de grande aversão ao risco para todos os mercados, mas o café sentiu mais os impactos", analisa Safras & Mercado
Categorias:
"Setembro foi de grande aversão ao risco para todos os mercados, mas o café sentiu mais os impactos", analisa Safras & Mercado
por Notícias Agrícolas
O mês de setembro apresentou muita volatilidade para os preços do café. No começo do mês, os números da ICE mostraram os estoques certificados mais baixos dos últimos 20 anos, refletindo diretamente na formação dos preços. "Esse volume de estoque é utilizado como garantia de oferta, quando cai muito reflete no preço", comenta.
O mercado espera que os estoques sejam reabastecidos com a entrada da nova safra da América Central e da Colômbia, movimento que deve voltar a movimentar o mercado e pressionar os preços na Bolsa. Segundo o analista, as condições de produção nos maiores concorrentes do Brasil seguem sendo positivas, apesar das incertezas de como será o trabalho de colheita por conta da pandemia.
Postado em 05/10/2020
O mês de setembro foi marcado por baixas significativas no setor agrícola. Segundo análise feita por Gil Barabach, da analista de café da Safras & Mercado, todas as commodities agrícolas, com exceção da soja, registram quedas durante o mês, mas o mercado futuro do café, em especial, sentiu impactos mais severos na formação de preços na Bolsa. Em evento online realizado pela Safras & Mercado, no dia 1º de Outubro, o analista explicou que o mês foi de grande aversão ao risco para o setor com medo de uma segunda onda da pandemia do Coronavírus nos próximos meses. "Esse mês de setembro foi muito ruim para o café. A aversão ao risco ainda dita o ritmo dos mercados, traz muita volatilidade e o café não fica de fora dessa realidade", comentou o analista. Gil destacou ainda que o mercado começa a ver uma recuperação mais lenta do que era esperado pelo setor econômico. "Tem o otimismo com a vacina, mas ainda há risco de uma segunda onda do vírus e com isso a economia ainda precisa de muito estimulo para andar", afirma. A grande volatilidade do dólar também foi outro fator determinante para as baixas durante o último mês. "O dólar vem oscilando muito desde o começo de 2020 e enquanto não tivermos uma vacina estamos sujeitos a volatilidade. O produto deve trabalhar junto à curva do dólar para não perder boas oportunidades", afirma. Veja o desempenho das commodities agrícolas durante o mês de Setembro, segundo o analista:Outras Notícias