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SP: colheita paulista de café será aberta no dia 24 em São Paulo com participação da população

por Página Rural:

O evento “Sabor da Colheita” marca no dia 24 de maio, a partir das 10h, a abertura oficial da safra de café 2017 no Estado de São Paulo, com a colheita dos grãos feita pela própria população. São 1.600 pés de café do cafezal urbano do Instituto Biológico (IB) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, na Vila Mariana, na capital paulista.

Aberta ao público, na colheita os participantes vivenciarão o significado prático da jornada rotineira de milhares de cafeicultores brasileiros. Os frutos colhidos pelos visitantes são transformados em uma Edição Especial, que será doada para o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp), presidido pela primeira-dama paulista, Lu Alckmin.

Para isso, utilizarão todo o aparato necessário, como chapéu, peneiras e balaios, e sob a orientação de especialistas, farão a colheita seletiva, retirando com as mãos apenas os grãos bem maduros, vivenciando uma experiência única do trabalho que há décadas movimenta a economia paulista.

A festividade é marcada ainda pela mostra da importância das abelhas sem ferrão (melíponas) na polinização das flores do cafeeiro e na biodiversidade do ecossistema.

O evento tem um significado especial por ter a participação de autoridades e pessoas ligados ao setor produtivo, pois é realizado por meio de ações integradas da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), Câmara Setorial de Café e Instituto Biológico, e conta com o apoio do Sindicato da Indústria do Café do Estado de São Paulo (Sindicafé), da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), das cooperativas de café do Estado e da empresa Syngenta.

O cafezal

A história desse cafezal teve início na década de 50 quando uma praga, conhecida por “broca-do-caf, começou a atingir as plantações do Estado, provocando a destruição dos grãos e a queda da produção nas fazendas paulistas. Essa crise que abalou o comércio cafeeiro resultou na criação do Instituto Biológico, em 1927, órgão de pesquisa voltado à sanidade animal e vegetal.

Ocupando uma área de 10 mil metros quadrados, com 1.600 pés de café arábica das variedades Mundo Novo e Catuaí, o cafezal do Instituto Biológico inicialmente tinha como função servir de material de pesquisa para seus técnicos estudarem o controle de pragas agrícolas.

Atualmente, a maior finalidade do cafezal é didática, histórica e cultural, destinando-se à população que quer conhecer sua história e outras particularidades como demonstrar os princípios das boas práticas agrícolas.

O café ali produzido é orgânico e está integrado ao projeto “Ciclos Econômicos Agrícolas do Brasil”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer as plantas que deram origem aos ciclos do pau-brasil, cana-de-açúcar, café e seringueira.

O local é ainda uma importante opção de turismo dentro da cidade, atraindo não só brasileiros, mas muitos estrangeiros que quando veem ao Brasil querem conhecer uma planta de café.

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