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Terceira semana de março é marcada por desvalorização nos preços do café

Por CNC, via CaféPoint:

Postado em: 21/03/22
A terceira semana de março deve encerrar com os contratos futuros do café arábica pressionado pelo ambiente externo, após uma leve queda na quinta-feira (17/03), na Bolsa de Nova York (ICE Futures US).A indefinição sobre o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia pode continuar a pesar contra os valores do grão. Outra preocupação relativa a isso é a oferta de fertilizantes para a safra 2022/2023, já que a Rússia é exportadora do produto.

O vencimento maio/2022, o mais líquido, registrou desvalorização de cerca de 2,6%, ou 585 pontos e fechou essa quinta-feira a 216,10 centavos de dólar por libra-peso. O vencimento março/2022, na Bolsa de Nova York, fechou a US$ 2,1730 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal negativa de 565 pontos. Na ICE Europe, o vencimento março/2022 do café teve alta de US$ 34,00, fechando a sessão de ontem (17) a US$ 2.269,00 por tonelada.

O dólar, à vista, perdeu força, com investidores em busca de ativos de risco rentáveis. Com mínima de R$ 5,030 (-1,24%), a moeda norte-americana encerrou a sessão dessa quinta-feira (17) cotada a R$ 5,034, queda de 1,16%. Com isso, as perdas acumuladas em março sobem para 2,35%. Em 2022, a desvalorização é de 9,71%.

Com a chegada da estação outono no Brasil, no próximo domingo (20/03), aproxima-se também a temporada do ‘weather market’ (mercado climático). Com temperaturas mais amenas no Hemisfério Sul, as cotações do café tendem a oscilar por causa do risco de ocorrência de geadas nos cafezais.

No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informaram que as cotações domésticas do café arábica caíram nessa quinta-feira (17). Segundo eles, os preços internos foram pressionados pela desvalorização dos futuros em Nova York e pelo recuo do dólar. Já os futuros do café robusta na Bolsa de Londres terminaram com leve baixa, mas a retração vendedora no spot nacional sustentou as cotações domésticas. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 1.266,57 por saca e R$ 766,13 por saca com variações semanais de -2,99% e 1% respectivamente.

 

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