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Valor das exportações de café no Peru cai 50% no primeiro trimestre do ano

por CaféPoint:

O valor das exportações de café do Peru caiu 50% em relação ao ano anterior no primeiro trimestre de 2015 devido aos baixos preços internacionais do grão e a uma queda do volume embarcado, disse a Junta Nacional de Café (JNC). As exportações somaram no primeiro trimestre US$ 28 milhões, comparado com US$ 56 milhões registrados no mesmo período de 2014.

Segundo a JNC, a queda se deve principalmente ao volume escasso embarcado nos primeiros três meses do ano, que somou 117.760 sacas de 60 quilos, comparado com 398.666 sacas no primeiro trimestre do ano anterior. “Essa redução no volume embarcado responde à escassez de café durante a colheita de 2014”, explicou a Junta em um comunicado.

O Peru produziu 3,02 milhões de sacas de café no ano passado, o menor nível em mais de uma década, comparado com 4,44 milhões de sacas em 2013. A queda foi atribuída aos efeitos negativos da ferrugem em algumas novas áreas de cultivo no sul do Peru.

Para este ano, está prevista uma recuperação otimista de 25% na produção de café frente a 2014 devido aos esforços dos cafeicultores em investir em fertilizantes e melhoras das plantações.

“Embora deva haver uma melhora na colheita desse ano, a maior ameaça é a queda dos preços no mercado internacional, que repercute no preço local ao produtor”, disse o presidente da JNC, Roman Neira. “O horizonte não é animador e voltaremos a acumular perdas e enfrentar a crise social”.

A produção de café no Peru alcançou seu ponto máximo com cerca de 5,52 milhões de sacas em 2011, antes de aparecer a ferrugem nas plantações da região da selva central do país.

A colheita de café no Peru começa geralmente em abril e termina em outubro, período em que os torrefadores do grão buscam fornecimento devido a uma redução da oferta na América Central.

O Peru é o oitavo maior produtor mundial de café, ainda que seus níveis de abastecimento sejam muito menores que os de seus vizinhos Brasil e Colômbia, os maiores da América do Sul. O país, no entanto, um grande exportador global de grãos orgânicos, como o “Tunki”, considerado pelo sabor e aroma como um dos melhores do planeta.

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