NOTÍCIAS

Vendas antecipadas da safra atual superam média dos últimos anos nas principais regiões produtoras

por Notícias Agrícolas:
Região do Sul de Minas lidera a comercialização da safra atual com 60%, segundo números da Cooxupé

Em Minas Gerais, que corresponde a pouco mais de 50% da produção do café brasileiro, segundo a Cooxupé, 60% da safra já foi comercializada. De acordo com a cooperativa, os negócios agora neste momento de colheita e de baixas para o mercado estão mais lentos, mas a grande parte foi vendida com uma média de R$ 520,00. Preço considerado positivo pela cooperativa.

Ainda falando sobre as produções mineiras, nesta quinta-feira (28), a Cooxupé informou que a colheita no sul de Minas Gerais está em 6% e ocorre sem maiores problemas. Havia uma incerteza no mercado quanto à mão de obra a ser contratada devido a pandemia do Coronavírus.

Na região da Alta Mogiana, em Franca/SP, alguns produtores já iniciaram os trabalhos de colheita, também sem enfrentar grandes problemas. Ricardo Lima de Andrade – superintendente da Cocapec, destaca que até o momento cerca de 20 mil sacas já chegaram na cooperativa, com a expectativa de mais intensidade na colheita com a chegada do mês de junho.

Já sobre a comerciliazação, Ricardo afirma que entre 35 e 40% da safra também já está vendida. O preço médio é ainda mais expressivo, ficando entre R$ 550,00 e 620,00. “O produtor tomou a decisão de comercializar com preços melhores em função da desvalorização do real ante ao dólar”, confirma. Ainda de acordo com Andrade, o produtor local continua aproveitando as ferramentas de trava no mercado futuro. “É uma safra de ciclo alto e o produtor está muito maduro, prestando atenção e fazendo uma excelente gestão”, destaca.

Já para safra que está entrando no mercado, cerca de 35% da produção regional já está comprometida no mercado futuro, de acordo com o presidente. Já para as entregas atuais, cerca de 7% do café já colhido também já foi entregue no mercado físico. O presidente destaca ainda que os preços há duas semanas eram mais satisfatório, mas as quedas dos últimos dias pedem uma atenção maior ao produtor e cautela na hora de fechar novos negócios.

Para o café tipo Conilon os preços também tiveram um aumento expressivo no final do ano passado e os números de comercialização na Cooabriel, que atende no Espírito Santo, também já chega a 50%. “O produtor travou muito café nas altas de novembro e agora já entregam esse café”, afirma  Edimilson Calegari – Gerente Comercial da Cooabriel. O valor médio de negociação é de R$ 350,00.

Nos últimos dias, com a entrada da nova safra e com os valores mais pressionados na Bolsa de Londres, a média de negociação tem sido entre R$ 330,00 e R$ 335,00. Edimilson afirma ainda que o produtor agora aproveita para fechar o café com a entrega mais rápida, de no máximo 60 dias e não tem utilizado as travas do mercado futuro neste momento.

A colheita do Conilon também avança na região e a cooperativa já trabalha com uma quebra de 20% na produtividade. Segundo Edimilson, as questões climáticas e as altas do dólar, impactando diretamente nos fertilizantes, o produtor optou por fazer menos adubação e os impactos refletem agora diretamente na produtividade da safra. “Inicialmente a gente trabalhava com uma quebra entre 10 e 15%, mas agora já falamos em 20%. Nós tivemos um inverno mais rigoroso, com muito vento e frio e a alta nos fertilizantes.

 

Notícias Relacionadas